Felipe Podzwato Borne¹
Ivan Carlos Filus Netto²
RCU Vol 1 -2025
Congresso Sustentar.
Este artigo tem como objetivo analisar a evolução legislativa relacionada ao crime de estelionato, no ordenamento jurídico brasileiro. A pesquisa aborda a alteração legislativa trazida pela Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), especialmente quanto à exigência de representação da vítima, e suas repercussões na persecução penal.
O trabalho propõe uma reflexão crítica sobre a eficácia das medidas adotadas e os desafios enfrentados pelas autoridades, principalmente na área de responsabilidade do 28° Batalhão de Polícia Militar, no combate ao estelionato, considerando o crescimento expressivo desse tipo de delito, sobretudo em meio digital.
A análise conclui pela necessidade de aprimoramento das políticas públicas e dos instrumentos processuais para garantir maior efetividade no enfrentamento do crime.
Palavras-chave: Polícia Militar do Paraná, Direito Penal, Representação, Fraude.
Vanadir Dellalibera de Mello¹
RCU Vol 1 -2025
Congresso Sustentar.
O presente artigo discorre acerca da recusa de obediência no âmbito da Polícia Militar. A caracterização desse comportamento como crime, conforme previsto no Código Penal Militar, exige que ocorra em ambiente tipicamente militar, em área de administração militar, mediante ordem legítima emanada por superior hierárquico e relacionada a matéria de serviço ou instrução, ou seja, de natureza regulamentar. Ressalta-se que, no caso de ordem manifestamente ilegal, não se configura crime.
Pretende-se discutir os limites e as controvérsias dessa tipificação no contexto da caserna, especialmente nas condutas cotidianas dos militares estaduais em serviço — seja nas viaturas, no atendimento de ocorrências, ou nas unidades militares distribuídas pelo território do Estado do Paraná.
À luz da Constituição Federal, que impõe regras e condutas às Forças Armadas, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares com o objetivo de coibir abusos e ilegalidades, este trabalho busca investigar a discricionariedade exercida pelo superior hierárquico durante a execução do serviço e da instrução. Consideram-se, para isso, os critérios de legalidade, conveniência e oportunidade da ordem legal emanada no caso concreto, orientada pela razoabilidade. A proposta é apresentar soluções juridicamente aceitáveis, evitando interpretações distorcidas que possam levar o subordinado a compreender a ordem como ilegal.
Palavras-chave: Polícia Militar do Paraná, Ordem legal, Obediência hierárquica, Legalidade, Ética militar.
PATRULHA MARIA DA PENHA: ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS ATENDIMENTOS ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA REALIZADOS PELO 17° BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ
Ivan Carlos Filus Netto1
RCU Vol 1 -2025
Congresso Sustentar.
A Lei Maria da Penha foi precursora de uma série de desafios no combate à violência doméstica contra a mulher. Após 12 anos da Lei Federal, o Estado do Paraná institui a Patrulha Maria da Penha,
composta por policiais militares com a finalidade de prevenção a esse tipo de crime. Para este trabalho, foram analisadas informações obtidas pelas equipes de Patrulha Maria da Penha do 17o Batalhão de Polícia Militar (BPM), através de questionário pré-elaborado pela instituição. As informações foram coletadas durante o período de maio de 2024 a janeiro de 2025. Do grupo amostral analisado, 53% das vítimas disseram ter Medidas Protetivas de Urgência e, quanto ao perfil econômico, 67,2% afirmaram que não dependem financeiramente do autor das agressões. Quanto à faixa etária, a maioria das mulheres possuem idade entre 21 a 40 anos. A percepção da equipe policial que realizou a visita também foi registrada, com várias respostas distintas, como “vítima rompeu o ciclo da violência” e “vítima quer retirar a denúncia”. Desse modo, o artigo apresenta a descrição do perfil das vítimas de violência contra a mulher moradoras da região de atuação do 17o BPM e fornece subsídios para ações públicas voltadas ao acolhimento dessas mulheres e direcionamento das ações preventivas da Polícia Militar do Paraná.
PALAVRAS-CHAVE: violência doméstica, patrulha Maria da Penha PMPR, perfil das vítimas.